A quantidade de substâncias capazes de tratar da pele é muito grande. É possível encontrá-las para diversas finalidades, como hidratação, elasticidade, firmeza e também clareamento, de modo a manter um tom mais uniforme da pele.

    Quando se fala sobre o clareamento da pele, que também pode ser chamado de branqueamento ou despigmentação, o objetivo não é exatamente deixar o tom mais claro, mas sim ajudar no equilíbrio da cor na tez, principalmente onde existem marcas de nascença, lentigo ou hiperpigmentação.

    É muito importante saber quais são os ácidos indicados para o clareamento da pele, de modo que você os procure em cosméticos ou até mesmo em procedimentos estéticos. Assim, será possível ter uma pele ainda mais bela e uniforme!

    Ácidos mais eficazes para o clareamento da pele

    Cada um dos ácidos tem características únicas, que os tornam adequados para casos específicos. Veja qual melhor se adequa à sua pele, de preferência com o acompanhamento de um dermatologista, e consiga ter a pele dos seus sonhos!

    Ácido glicólico

    O ácido glicólico é um alfa-hidroxi-ácido derivado da cana-de-açúcar (Saccharum) e pode ter dois efeitos diferentes para o clareamento da pele.

    Quando administrado em baixas concentrações, o ácido resulta na descamação mais rápida de queratinócitos pigmentados. Assim como acontece com os retinóides, o ácido glicólico encurta o ciclo celular, de modo que o desaparecimento do pigmento seja agilizado.

    Vários estudos mostraram que a remoção de camadas superficiais da epiderme com peelings de ácido glicólico, em concentrações entre 30% e 70%, podem ajudar na penetração de outros clareadores tópicos, como a hidroquinona.

    Se o ácido glicólico for utilizado no tratamento de hiperpigmentação pós-inflamatória, a recomendação é que se inicie com pequenas concentrações, de modo a evitar irritações e até mesmo outras hiperpigmentações, o que pode ser evitado com o uso da hidroquinona antes e depois do peeling.

    Outro efeito do tratamento facial com ácido glicólico é que ele pode aumentar a eficiência de fórmulas que contêm hidroquinona.

    Ácido kójico

    O ácido kójico é uma substância de origem natural, obtida a partir de algumas espécies de fungos, como Aspergillus, Penicillium e Acetobacter. Ele é quimicamente relacionado à hidroquinona e age como um inibidor de tirosinase, enzima que age na sintetização da melanina.

    Considerado como uma micotoxina, o ácido kójico é capaz de proporcionar um clareamento eficaz da pele. A substância é aplicada em concentrações de 1% a 4%, em conjunto com outros agentes que podem potencializar e melhorar os resultados obtidos.

    Uma das grandes vantagens do ácido kójico é o fato de não ser alérgico, diferente do que ocorre com a hidroquinona, o que permite seu uso por quem apresenta reações a essa substância. Além disso, ele não é fotossensível, o que proporciona mais tranquilidade e segurança às pessoas submetidas à sua aplicação.

    Ácido gentísico

    O ácido gentísico, encontrado em raízes gencianas, é usado para o tratamento de problemas de pigmentação na pele por influenciar a síntese da melanina através da inibição da atividade da tirosinase.

    Seus ésteres alquílicos foram investigados como inibidores da tirosinase in vitro e em culturas celulares. O éster metílico presente no ácido gentísico inibe a síntese da melanina em melanócitos com concentrações insuficientes para a ocorrência de citotoxicidade, o que resulta em uma interação saudável.

    Testes clínicos já comprovaram a eficiência desse ácido, que pode auxiliar no clareamento da pele através de sua atuação direta na inibição do processo responsável por sintetizar a melanina.

    Ácido linoleico

    Substância capaz de suprimir a melanogênese (processo bioquímico responsável pela formação de melanina dentro dos melanócitos) e a atividade da tirosinase, mesmo sem alterar o processo de expressão gênica.

    Outra influência do ácido linoléico na pigmentação da pele se dá pela estimulação da rotatividade da epiderme e da descamação acentuada do pigmento de melanina presente na camada mais superficial da pele.

    Estudos avaliaram a capacidade de clareamento da pele proporcionada pelo ácido linoléico e os resultados foram bastante positivos, o que demonstra que a substância é uma das mais eficientes para tal finalidade.

    Ácido salicílico

    Esse é um dos mais conhecidos quando se trata dos ácidos para clareamento da pele. A substância pode ser encontrada no extrato de casca de salgueiro e também na bétula doce.

    O ácido salicílico é um tipo de ácido fenólico e também um fitohormônio, substância extraída das plantas com ação similar à dos hormônios, capaz de regular a diferenciação e o crescimento das células.

    O funcionamento do ácido salicílico para o clareamento da cútis se dá através de sua ação descamativa, já que ele pode penetrar e dissolver a matriz intracelular do estrato córneo.

    Esse ácido costuma ser utilizado em tratamentos contra a acne, psoríase, queratose pilar e verrugas.

    Consiga ter uma pele mais uniforme e com hiperpigmentações suavizadas!

    Os ácidos citados podem ajudar no clareamento da pele de variadas formas, de acordo com as suas necessidades e preferências, de modo a proporcionar resultados bastante satisfatórios.

    Porém, antes de fazer sua decisão, mostre todas as opções para o seu dermatologista e analisem, juntos, qual é a melhor opção. Depois do consentimento do profissional de pele, você poderá procurar por cremes ou procedimentos que contenham os ácidos escolhidos.

    Também deve-se ressaltar a importância de sempre optar por produtos de qualidade comprovada e cirurgiões, dermatologistas ou esteticistas devidamente capacitados para o tratamento.

    Ao aliar os melhores ácidos para clareamento cutâneo com um bom creme antissinais, você conseguirá ter uma pele incrivelmente bela, macia, hidratada e rejuvenescida, o que é tão benéfico para sua estética quanto para a autoestima!

    Avatar de Fátima Watanabe

    Formada em biblioteconomia pela UFMG, Fátima Watanabe começou na sua área escrevendo artigos sobre as obras de Dante Alighieri e sua importância dentro da literatura. Hoje, Fátima passa seus dias como pesquisadora de sua área, integrando o uso de palavras-chave na pesquisa didática e ainda escreve editoriais e artigos no Revista Top Saúde.