Essencial para o equilíbrio da produção dos hormônios secretados pela glândula tireoide, o iodo pode comprometer a saúde do organismo tanto em excesso (pode provocar intoxicação) quanto em escassez (causa do bócio).

    Basicamente, para que a glândula tireoide consiga funcionar adequadamente ela precisa de doses regulares de iodo para que ela possa produzir os volumes ideais dos hormônios denominados tiroxina (T3), e triiodotironina (T4).

    Benefícios proporcionados pelo iodo

    Vital para o metabolismo

    Imprescindíveis para o pleno funcionamento do organismo, esses hormônios desempenham um papel muito importante no metabolismo de diversas moléculas, como as de gordura, carboidratos, água e proteínas, além de interferir nos processos metabólicos concernentes à oxidação das células. Sem a concentração apropriada de iodo, os rins, o coração, os ovários, e o fígado podem apresentar instabilidades durante a execução de suas funções.

    Desenvolvimento do corpo humano

    O iodo é importante para o crescimento de uma forma geral, tanto o neurológico como o físico. Dentre outras características, doses regulares desse micronutriente proporciona o crescimento de várias partes do corpo, como unhas e cabelos.

    Essencial para a saúde do coração

    Como é o principal elemento necessário para a produção dos hormônios T3 e T4, pode-se dizer que o iodo colabora indiretamente para o equilíbrio dos batimentos cardíacos, e controle da hipertensão.

    Riscos associados à insuficiência de iodo

    A deficiência desse elemento pode trazer diversas complicações ao organismo. As mais conhecidas são o bócio endêmico, e o hipotireoidismo. A primeira doença é caracterizada pela ampliação desproporcional da própria glândula tireoide. Já a segunda é assinalada pela dificuldade da mesma glândula em produzir os já citados hormônios T3 e T4. Além disso, a insuficiência de iodo também pode provocar deficiência mental, causar infertilidade, e ocasionar mortes na infância.
    A ausência desse elemento em quantidades aceitáveis se torna ainda mais agravante durante os três primeiros meses de gestação. Isso porque é nessa fase que a placenta começa a ser desenvolvida, e os órgãos mais relevantes do feto ganham forma, tudo acompanhado por queda dos níveis hormonais da gestante.
    Caso o corpo da mulher não seja suprido com o volume adequado de iodo, o bebê pode ficar sujeito a nascer de forma prematura, com problemas de surdez, problemas neurológicos, e QI abaixo da média. Além disso, também existe o risco de aborto.

    Alimentos que contêm iodo

    Dentre as melhores fontes de iodo, pode-se destacar o atum, agrião, algas, camarão, ostras, bacalhau, badejo, salmão, arenque, caranguejo, carne bovina, aipo, sardinha, fígado bovino, leite de vaca, alho, arroz, e aveia.

    Em forma de suplemento

    Existem casos específicos de pessoas que precisam repor elevadas quantidades de iodo, e de maneira bem rápida. Nessas situações, é comum recorrer aos suplementos. Naturalmente, o consumo deve estar restrito à uma avaliação médica.
    Gestantes e lactantes estão dentre as pessoas que necessitam de grandes doses diárias de iodo. Caso a alimentação não consiga suprir essa enorme demanda, o médico costuma receitar suplementos.
    Os adeptos da dieta vegana também costumam ter de repor iodo constantemente.

    Quantidade recomendada para consumo

    Segundo dados fornecidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde), para cada faixa etária existe uma ingestão diária recomendada específica de iodo. Desse modo, até completarem 12 meses de vida os bebês devem receber cerca de 90 microgramas. Entre os 7 e os 12 anos a necessidade cresce para 120 mcg diários. Já durante toda a adolescência e fase adulta são requeridas 150 mcg ao dia. Caso à parte, as gestantes precisam repor 200 mcg de iodo diariamente.

    Consumo excessivo

    A chamada intoxicação causada pelo iodo só ocorre quando a ingestão diária recomendada é ultrapassada em cerca de 400 vezes. Como já informado anteriormente, em demasia esse micronutriente acarreta o bócio.

    Avatar de Fátima Watanabe

    Formada em biblioteconomia pela UFMG, Fátima Watanabe começou na sua área escrevendo artigos sobre as obras de Dante Alighieri e sua importância dentro da literatura. Hoje, Fátima passa seus dias como pesquisadora de sua área, integrando o uso de palavras-chave na pesquisa didática e ainda escreve editoriais e artigos no Revista Top Saúde.