Durante a Terceira Idade, ocorre naturalmente uma perda de massa óssea, fator que pode resultar no desenvolvimento da osteoporose, que provoca, entre outros problemas redução da absorção de minerais e de cálcio.

    A osteoporose ataca todos os ossos, sendo um dos problemas mais comuns de saúde da mulher, mas que também atinge, com menos frequência, os homens. A estimativa é que uma em cada três mulheres possa ser acometida por perda de massa óssea na Terceira Idade. A perda de massa óssea afeta principalmente as mulheres na fase pós-menopausa.

    Os ossos, da mesma maneira que outros órgãos do corpo, precisam ser renovados para manter a saúde do organismo. Com a osteoporose não são formadas novas células para remodelar os ossos, que se tornam fracos e finos, aumentam sua fragilidade e colocam o paciente num grupo de riscos de fraturas.

    Causas da osteoporose

    A osteoporose é causada pela perda acelerada de massa óssea, com a redução da absorção de minerais e de cálcio. Nas mulheres, principalmente, a fragilidade dos ossos é provocada pela ausência do hormônio feminino, o estrogênio, fazendo com que fiquem porosos como uma esponja.

    Os principais fatores de risco para o surgimento da perda de massa óssea são:

    • Pessoas de pele branca;
    • Histórico familiar de osteoporose;
    • Vida sedentária;
    • Baixa ingestão de cálcio e de vitamina D;
    • Fumo ou bebida em excesso;
    • Doenças como artrite reumatoide, diabetes, leucemia e linfoma;
    • Uso de medicamentos em excesso.
    • Os locais mais afetados pela osteoporose são a coluna, o pulso e o fêmur, sendo este o mais perigoso, por ser o maior osso do corpo humano e estar sujeito a maior pressão. Também é a principal causa de fraturas e quedas entre os idosos.

    Pessoas que abusam do sedentarismo, que têm baixo peso corporal e que não se expõem ao sol também são propensas a desenvolver a perda de massa óssea.

    Diagnóstico da osteoporose

    A osteoporose geralmente só é diagnosticada depois da ocorrência de uma queda, com fraturas, já que seus sintomas não são perceptíveis. Para fazer o diagnóstico da osteoporose, o principal método utilizado pela medicina é a densitometria óssea, um exame que mede a densidade mineral do osso da coluna lombar e do fêmur.

    A densitometria permite determinar o risco do paciente vir a ter fraturas e auxilia na identificação da necessidade de qualquer tratamento, possibilitando também avaliar as mudanças na massa óssea, através do tempo.

    O exame é feito através da técnica de DEXA, a sigla em inglês para “absorciometria por raio X com dupla energia”. Também auxiliam no diagnóstico a avaliação dos antecedentes pessoais do paciente e da avaliação da densidade da coluna lombar e do fêmur, além do antebraço.

    A densitometria óssea reflete a situação atual do paciente, sendo necessário que o médico faça comparações com exames anteriores para identificar o avanço da doença, sua evolução ou a eficácia do tratamento.

    O intervalo entre os exames deve ser definido pelo próprio médico, que deve levar em conta alguns critérios, como idade e sexo do paciente, a precisão da tecnologia utilizada para a densitometria e outros. Os intervalos podem variar entre um e dois anos entre os exames.

    O diagnóstico da osteoporose pode ser feito em três classificações: normal, osteopenia e osteoporose.

    Alguns sinais da perda de massa óssea

    Em alguns casos, a osteoporose pode apresentar certos sintomas, além de apresentar-se apenas depois da fratura de ossos:

    • O paciente pode ter dores crônicas nos ossos e deformidade nos membros;
    • A pessoa perde qualidade de vida e pode desenvolver outras doenças, como pneumonia;
    • A pessoa com osteoporose pode apresentar encolhimento na altura;
    • Também podem ocorrer fraturas nas vértebras, que provocam problemas gastrointestinais e respiratórios.

    Tratamento da osteoporose

    Para uma pessoa diagnosticada com osteoporose é preciso que o médico prescreva o tratamento mais correto, verificando caso a caso. O tratamento deve envolver o acompanhamento de profissionais de fisioterapia, nutricionista e do próprio médico, com o objetivo de minimizar o problema da fragilidade óssea e, na medida do possível, recompor a massa óssea do paciente.

    Fraturas em pacientes com osteoporose podem levar à imobilização completa do paciente, requerendo cuidados de enfermagem por longos períodos.

    Para evitar o aparecimento de osteoporose, ou retardar se desenvolvimento, é necessário que qualquer pessoa propensa adote uma dieta rica em alimentos com cálcio e com vitamina D, faça atividades físicas regularmente, evite o abuso de fumo e de álcool, mantenha-se no peso próprio para sua altura e que tome sol com maior frequência, nos horários mais indicados.

    Formada em biblioteconomia pela UFMG, Fátima Watanabe começou na sua área escrevendo artigos sobre as obras de Dante Alighieri e sua importância dentro da literatura. Hoje, Fátima passa seus dias como pesquisadora de sua área, integrando o uso de palavras-chave na pesquisa didática e ainda escreve editoriais e artigos no Revista Top Saúde.