A saúde é um dos maiores problemas do Brasil e isso você já deve saber, não é mesmo? Praticamente todos os dias vemos notícias sobre o atendimento precário e a falta de médicos, assim como o surgimento e prevalência de certas doenças em áreas menos favorecidas do país. 

    Tudo isso só indica o quão são necessárias políticas fortalecidas para resolver a questão da saúde como um todo, mas sobretudo a que envolve as regiões mais carentes e em risco. O Programa Saúde da Família tem esse viés e é exatamente sobre ele que vamos falar neste artigo.

    Em quatro questões fundamentais, vamos explicar como esse projeto do governo federal é uma importante chave de acesso para promover uma assistência de saúde mais humana, unificada e integrada. 

    E quem trabalha no segmento de saúde pode utilizar as vantagens dos cursos online com certificado para aprender mais sobre o tema. 

    Se você quer garantir saberes para renovar seu currículo e ser reconhecido no mercado de trabalho, acompanhe nosso artigo e não deixe de lado opções interessantes para a sua carreira.

    O que é o Programa Saúde da Família?

    O Programa Saúde da Família foi criado pelo governo federal em 1994 na gestão de Itamar Franco, e hoje é mais conhecido como Estratégia Saúde da Família. 

    Percebendo a consolidação do PSF em diversas regiões do Brasil, foi emitida a Portaria nº 648, que determina o programa como plano prioritário do Ministério da Saúde para organizar a Atenção Básica – o primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde. 

    Desta forma, o PSF se tornou o personagem principal para alcançar as metas governamentais, sobretudo possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade.

    É da alçada do governo federal financiar todas as ações relacionadas ao PSF, bem como elaborar suas diretrizes, acompanhar a implantação e a execução, definir objetivos e focos, além de proporcionar formação adequada das equipes. Já as prefeituras e câmaras de cada cidade terá a responsabilidade de analisar as prioridades e necessidades de sua população, instalar o programa e qualificar o trabalho desenvolvido pelos profissionais.

    Para funcionar conforme o modelo determinado por lei, o Programa Saúde da Família deve contar com equipes multiprofissionais. 

    Em outras palavras, será preciso montar um quadro com variadas especialidades, pois o que o projeto prevê é um atendimento global a uma determinada área geográfica. 

    Esse planejamento pode ser colocado em prática em unidades básicas de saúde, sejam elas itinerantes ou fixas, além de domicílios e em locais do território, como praças, parques, salões comunitários, escolas, creches, etc. 

    A ideia é que a estrutura esteja apta para acompanhar de 2.400 a 4.000 pessoas.

    No cronograma de atividades deve estar aquelas voltadas para a promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças que costumam afetam essa parcela da população e também em ensinar boas práticas e hábitos. 

    Veja abaixo os objetivos principais do atendimento a Atenção Básica, de acordo com a Portaria nº 2488/2011:

    • Planejar e organizar a agenda de trabalho compartilhada a todos os profissionais da rede, fazendo com que o atendimento seja realizado de modo uniforme, sem qualquer tipo de discriminação.
    • Promover ações para identificar pessoas inseridas em grupos de risco e quais os fatores de risco clínico-comportamentais, alimentares e/ou ambientais persistentes da área atendida. 
    • Acolher a população com profissionalismo, disposição e humanização. Sempre classificando os riscos, a vulnerabilidade e a necessidade de atendimento de urgência.
    • Educar a população adscrita para estabelecer um senso de autonomia individual e coletival, de forma que consiga fazer a manutenção da saúde.
    • Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social, voltados para o desenvolvimento de uma atenção integral.
    • Apoiar estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social.
    • Realizar atenção domiciliar destinada a usuários com problemas de saúde controlados e/ou com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, que necessitam de cuidados com menor frequência e menor necessidade de recursos de saúde.

    Inteirar-se sobre os deveres de cada unidade e especialista de saúde perante as famílias adscritas no programa é extremamente importante para uma contribuição satisfatória. 

    E se capacitar em palestras, congressos e cursos a distância é uma saída excelente para se transformar em um profissional mais atualizado e responsável. Afinal, trabalhar com saúde exige o aperfeiçoamento constante de competências e habilidades.

    Quais profissionais fazem esse atendimento?

    É necessário ter uma equipe especializada para dar a assistência mais eficiente possível quando a estratégia de saúde da família é implementada. 

    A legislação prevê que, no mínimo, um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários de saúde componham o quadro de atendentes. 

    É importante saber também, que a unidade de saúde pode atuar com uma ou mais equipes, dependendo da concentração de famílias no território sob sua responsabilidade. 

    Médico

    Devem fazer parte dessa equipe, médicos especialistas e com experiência em clínica geral. Esse profissional deverá atender todos os integrantes de cada família, independente de sexo e idade. 

    Seu objetivo é desenvolver ações preventivas e de promoção da qualidade de vida da população, bem como os demais integrantes. 

    Ele fará o acompanhamento de pacientes que não têm condições de ir a uma unidade básica, e deve estar preparado para oferecer auxílio psicológico quando for preciso, encaminhar para outros especialistas e ainda realizar pequenos procedimentos cirúrgicos.

    É primordial que esse profissional esteja apto a realizar um atendimento mais técnico, e por isso é indicado que se conheça bem práticas e conceitos do programa. 

    Há inúmeros cursos online com certificado que podem ajudar nessa missão, como o curso de saúde coletiva, o curso online Educação em Planejamento Familiar e o curso online Ética na Saúde, que possuem um conteúdo específico para profissionais e estudantes da área de saúde que querem se aperfeiçoar para atender melhor.

    Dentista

    Além do médico especialista, muitas unidades de saúde da família contêm um cirurgião dentista para fazer o atendimento da comunidade. 

    É primordial que eles tenham formação adequada para atender pessoas de qualquer faixa etária e possam diagnosticar problemas que se correlacionem com a saúde bucal.

    Enfermeiro

    Outro profissional que deve estar presente neste grupo é o enfermeiro. É ele quem fará o supervisionamento do trabalho do Agente Comunitário de Saúde e do Auxiliar de Enfermagem. 

    Além disso, o enfermeiro atende às pessoas que necessitam de cuidados em domicílios.

    Os programas de saúde da família visam que os enfermeiros também liderem atividades comunitárias, solicitem exames complementares, prescrevam medicações, gerenciem insumos e encaminhem usuários a outros serviços. 

    Para se tornar um profissional ainda mais capacitado para todas essas funções, nós indicamos o aprendizado em cursos a distância. Se você for da área, pode realizar um curso de saude coletiva, por exemplo, ou outros cursos online na área da saude que se encaixem em seu objetivo profissional.

    Auxiliar de enfermagem

    O corpo de funcionários da estratégia de saúde da família também deve conter pelo menos um auxiliar de enfermagem. Este é monitorado pelo enfermeiro chefe e pode realizar procedimentos de enfermagem na unidade básica de saúde com esta supervisão. 

    Ele também pode estar presente no domicílio, orientando e participando dos atendimentos às famílias, e executar ações de orientação sanitária. Entre suas principais responsabilidades estão administrar medicamentos, aplicar vacinas, fazer curativos, esterilizar os materiais e realizar a higiene dos pacientes.

    O auxiliar, dependendo de suas competências e especializações, pode dar palestras em escolas e outros espaços comunitários sobre temas relacionados à saúde. 

    É uma oportunidade e tanto para mostrar habilidades específicas e desenvolver um trabalho ainda mais potente perante à população. 

    Se você é um auxiliar de enfermagem ou estuda para ser um, saiba que é muito válido se capacitar cada vez mais para crescer nesta carreira. Nossa dica é que você aprenda mais sobre seu setor em cursos online, como a lista repleta que oferecemos aqui no portal.

    Agente Comunitário de Saúde

    Os agentes comunitários assumem um papel determinante para o bom funcionamento das unidades de saúde da família. 

    Eles são residentes da região, e por isso, conhecem bem os problemas e necessidades da população local. É por isso também que eles são altamente necessários neste tipo de serviço, pois fazem a ligação entre as famílias e a unidade de saúde. 

    É função do agente comunitário visitar cada domicílio pelo menos uma vez ao mês, realizar o mapeamento da área a ser atendida, diagnosticar possíveis incidentes pontuais, fazer o cadastramento das famílias e estimular o comparecimento delas nas consultas. Mais próximos das pessoas do que os demais especialistas, eles podem reunir informações aprofundadas sobre a situação de saúde das famílias.

    Para se tornar um agente é preciso enfrentar um processo de seleção, que geralmente é organizado pela própria prefeitura. 

    Ao ser selecionado, o participante faz um treinamento que dura mais ou menos 60 dias, quando serão ensinadas noções básicas sobre cuidados médicos, teorias e práticas da medicina e enfermagem. 

    Quem visa ser um agente de programas de saúde como este pode se qualificar mais em com um curso saúde da família e demais, como por exemplo o sobre Aspectos Relacionados às Doenças em Crianças, Tabagismo ou Curso de Saúde Coletiva. Eles podem melhorar as chances de ser convocado para atuar na área.

    Formada em biblioteconomia pela UFMG, Fátima Watanabe começou na sua área escrevendo artigos sobre as obras de Dante Alighieri e sua importância dentro da literatura. Hoje, Fátima passa seus dias como pesquisadora de sua área, integrando o uso de palavras-chave na pesquisa didática e ainda escreve editoriais e artigos no Revista Top Saúde.