Os benefícios da “comida de passarinho”

    A primeira grande vantagem do alpiste com relação às outras fontes alternativas de produção de leite (amêndoa, castanha do pará, etc.) é justamente relativa ao seu preço. O alpiste é um alimento de baixo custo, normalmente destinado à alimentação de pássaros. Um quilo de alpiste não costumava alcançar os cinco reais. Ocorre que nos últimos tempos, a procura elevada pelo ingrediente acabou por elevar um pouco o seu preço. Mesmo assim, o valor ainda sai bem em conta.

    Para os defensores do leite de alpiste, esse alimento traz uma série de benefícios ao corpo humano. Primeiramente, ele agrega praticamente 20% de proteína, o que ajuda no ganho de massa muscular. Além disso, o alpiste é rico em inúmeras vitaminas (do complexo B e E, principalmente) e sais minerais, que ajudam na função de boa parte dos órgãos corporais, inclusive a pele, que tenderá a ser mais hidratada e tonificada. Ele ainda possui efeito antioxidante, anti-inflamatório e energizante.
    O efeito mais procurado pelos consumidores de leite de alpiste é o emagrecimento. E, de fato, o leite de alpiste é rico em enzimas capazes de eliminar a gordura corporal.

    Contraindicações, efeitos colaterais e pontos polêmicos do leite de alpiste

    Nem todos os benefícios alegados pelos defensores do leite de alpiste são comprovados cientificamente. O principal efeito questionado é o anti-inflamatório. Para muitos nutricionistas, não existe nenhuma prova de peso que confira esse efeito ao alpiste.
    De resto, dizem que a quantidade de nutrientes contidas no alpiste não se diferencia muito de outros alimentos. Para os críticos, o leite de alpiste não passa de mais uma moda que alcançou o mundo das dietas.
    De qualquer modo, existem estudos conclusivos de que o alpiste traz uma série de benefícios para a saúde, justamente pelo seu alto teor nutricional. Deles, o mais divulgado foi a pesquisa que a Universidade do México realizou no ano passado, na qual o alpiste foi apontado como um importante alimento curativo.
    Como todos os outros nutrientes, o alpiste tem algumas contraindicações: não pode ser consumido por pessoas que têm síndrome do cólon irritável e predisposição à inflamação intestinal.
    O único efeito colateral mais comum do leite de alpiste é a diarreia, não apenas pelo fato de ser rico em fibras, mas também por ser um alimento que o nosso sistema digestivo não estar acostumado a digerir.

    Como fazer o leite de alpiste

    Veremos agora como fazer o leite de alpiste, sendo que o seu preparo se assemelha ao de tantos outros leites extraídos de sementes.
    A primeira fase do preparo do leite de alpiste é a higienização. O alpiste deve ser peneirado e lavado com bastante água, de preferência água corrente.
    Depois, leve o produto a um frasco de vidro com água para que ele possa se hidratar. Ao entrar em contato com a água, o alpiste tem sua taxa nutricional bastante elevada. Ao iniciar a fase de brotamento, as sementes de alpiste se tornam superalimentos. Um detalhe: o frasco de vidro precisa ser hermeticamente fechado, mantendo o alpiste de molho por um período entre 12 e 24 horas.
    O alpiste hidratado deve ser colocado em um liquidificador, e batido com uma pequena quantidade de água por quatro minutos. A proporção é de cinco colheres de sopa de alpiste para um litro de água. Por último, coe o líquido do liquidificador. E pronto!

    Uso do leite de alpiste

    Calcule bem a quantidade de leite que você vai tomar em um dia, e faça somente essa quantidade, seguindo a proporção indicada, de cinco colheres de sopa de alpiste para um litro de água. Esse cuidado se justifica pelo fato do leite de alpiste não poder ser consumido no dia seguinte.
    Isso mesmo: para aproveitar os nutrientes do alpiste, consuma o seu leite num prazo inferior a 24 horas. E mantenha a jarra do leite na geladeira!
    Especialistas orientam que o leite de alpiste seja consumido 20 minutos antes das refeições. Ingerir o leite em jejum todos os dias também é interessante para enfatizar o seu efeito emagrecedor.

    Avatar de Fátima Watanabe

    Formada em biblioteconomia pela UFMG, Fátima Watanabe começou na sua área escrevendo artigos sobre as obras de Dante Alighieri e sua importância dentro da literatura. Hoje, Fátima passa seus dias como pesquisadora de sua área, integrando o uso de palavras-chave na pesquisa didática e ainda escreve editoriais e artigos no Revista Top Saúde.